segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

















Por curiosidade tava dando uma olhada no site boxofficemojo.com quanto de investimento e de arrecadação os grandes estúdios costumam ter em suas animações, pra minha surpresa, descobri que a animação que mais teve arrecadação na história foi Shrek 2 (que nunca fui muito fã) e outra que fiquei mais orgulhoso foi que a Era do gelo 1 e Rio das que olhei foi a que mais deu retorno do investimento (proporcionalmente) mais até do que Up ou Ratatouille (que na minha opinião são as animações mais legais destes grandes estúdios). Mais que merecido ao nosso Carlos Saldanha à frente destes grandes sucessos, trazendo credibilidade aos animadores brasileiros. Mais uma coisa legal de Rio é que fora dos Estados Unidos, o país que mais contribuiu nessa arrecadação foi o Brasil, ( $USD 42,946,161 ) mostrando que brasileiro valoriza bastante uma animação de cinema com a sua cara, desde que se tenha qualidade e divulgação competitiva comparável às grandes produções internacionais (o que não é facil de fazer com os investimentos magrinhos que temos por aqui). Segue um quadro resumindo estes valores que comentei e uma conta que fiz pra ter uma noção dos rendimentos:

investimento ($USD) arrecadação brutarendimento (%)
era do gelo 1 80.000.000,00 655.388.158,00 410
shrek 2 150.000.000,00 919.838.758,00 307
rio 90.000.000,00 484.635.760,00 269
up 175.000.000,00 731.342.744,00 209
ratatouille 150.000.000,00 623.722.818,00 208




terça-feira, 8 de março de 2011

O formato imersivo

Acho que uma pergunta recorrente na mente de quem planeja publicar seus quadrinhos na web é: como deve ser o formato de leitura para o computador? Já encontrei em webcomics respostas diferentes a esta pergunta. Alguns desenhistas fazem um formato bem parecido com o dos quadrinhos impressos, chegando até a colocar animações de virada de página. No outro extremo temos aqueles que procuram mudar a própria linguagem dos quadrinhos inventando novos formatos, mais lúdicos e originais. Mas todos estes pecam em uma coisa: na imersão.


Há alguns dias tive uma agradável surpresa quando encontrei Worm World Saga, um quadrinho feito pelo alemão Daniel Lieske e publicado na internet de graça. Deixando de lado a qualidade do estilo do Lieske e o ótimo enredo, WWS carrega em seu formato os elementos que talvez sejam uma boa resposta ao dilema do formato de publicação de quadrinhos na web. O diferencial de WWS não está simplesmente na exploração da barra de rolagem vertical do browser e sim na própria construção do desenho. O céu, que lá em baixo culmina na cidade e que depois se mescla às copas das árvores na frente da escola, conduz o leitor de maneira leve, como se pegasse em sua mão e lhe carregasse para dentro daquele mundo. E assim segue a história inteira, com cenários que se fundem uns nos outros, marcando em nossa mente suaves transições de cena. Orbitando essa característica, temos outros detalhes que aumentam a sensação de imersão: as bordas leves e arredondadas dos quadrinhos e o fundo preto que encerra suavemente a arte. Essas características juntas contribuem para uma leitura confortável e imersiva.


De um lado existem os puristas que acreditam que os quadrinhos na web não devem perder as características da mídia impressa e de outro os vanguardistas que acham que o quadrinho na tela tem que ser algo bem diferente do impresso. Mas se o seu objetivo, seja como leitor ou como desenhista, é seguir o caminho do meio, o caminho da imersão, Worm World Saga é um ótimo exemplo de quadrinho publicado na web.


PS: para ver outros exemplos interessantes de formatos de quadrinho na web: ScottMcloud

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

e tem mais..

Esses são esboços de cena que o Alberto desenhou.






Esses são esboços de cena que o Alberto fez.

mais artes...

Mais artes conceituais do nosso novo projeto:








segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Saindo da Toca

Depois de alguns meses de hibernação o Calango está devagarinho saindo da toca.

Seguem os primeiros concepts do nosso novo projeto.

domingo, 5 de setembro de 2010

Tiririnha é coisa de Preguiçoso! (parte 1)

Calma! Antes que as pedras comecem a voar me leiam (rsrs).

Outro dia estava ouvindo o melhor podcast Nerd do Brasil, o Nerdcast, e na leitura de e-mails do episódio 216, o autor da tira “Magias e Barbaridades”, Fábio Ciccone explicou de uma maneira fantástica o lugar que os desenhistas "preguiçosos", como eu, ocupam no mundo.

Ao ouvir aquelas palavras iluminadas, passarinhos cantaram, flores brotaram no chão do meu quarto, pelos cresceram no meu peito, eu rasguei a camisa e corri pela relva até um arco-íris. (rsrs)

Aquela foi a melhor explicação que já havia ouvido para um problema que assola muitos desenhistas: a escolha do formato.

Sempre vi meus amigos desenharem cenários cheios de detalhes, onde dava pra ver "as manchas de gordura deixadas pelo batman no interruptor da batcaverna". Enquanto isso, eu colocava um círculo cinza debaixo de uma árvore e achava que tinha desenhado a sombra mais realista do mundo. Isso me deprimia.

Eu sabia que treinando muito poderia alcançá-los, mas o problema é que algo me dizia que eu não queria alcançá-los. Não sentia motivação para treinar aquelas coisas e uma palavra me atormentava: preguiça.

Me achava um preguiçoso que ia terminar a vida com a barba por fazer, a camisa abotoada errado, em algum boteco da cidade desenhando pornografia em guardanapos (rsrs).



*Simpsons-Barney- por Matt Groenning

(que dramalhão hein? Isso ta Emo demais! preparem-se, agora é a parte em que ele vai falar da revelação... aleluia)

*Imagem tirada de: "Desvendando os Quadinhos -Scott Mcloud"
Um belo dia resolvi girar a minha cabeçona 360 graus por cima do panorama de quadrinhos mundial e descobri a resposta da pergunta de um milhão de dólares: Existem muitas formas de quadrinho!

Descobri que gostava de traços mais estilizados (cartoon) e cenários menos detalhados (tirinha). Eu não era um cara preguiçoso, era apenas um cara ansioso, sem paciência de esperar tanto para ver meus desenhos se comunicarem com o público. Além disso, gostava de participar na concepção das histórias e não apenas desenhar histórias de terceiros. Eu tinha o espírito de autor.

Sabendo qual era meu formato, me senti mais motivado a treinar e aperfeiçoar meus desenhos. Claro que continuei a treinar! Sabemos que o cara que faz um desenho simples não é porque não sabe fazer de outro jeito, é simplesmente porque gosta do simples.

É como um elefante: ele sabe que pode esmagar o jipe dos turistas se quiser, mas não vai perder seu tempo (rsrs). Portano o desenhista de tiririnhas não é um preguiçoso, é apenas um elefante, rsrs.

(ok, mas o que toda essa ladainha tem a ver com tirinha? What's the point, man?)

Desculpem a empolgação, é que essas coisas me emocionam sabe (sniff, sniff). A primeira parte da dica é: Escolha seu formato, não importa o que os outros digam, faça o que gosta.

Semana que vem teremos a parte 2 desse post, onde deixarei de enrolação e direi o que isso tudo tem a ver com desenho de cenário pra tirinhas.

Até lá,

Parangaricutirimirruaru.

(ah! desculpem a demora pra postar, tive contra-tempos no trabalho ^^)

domingo, 18 de julho de 2010

Parte 3

Olá gente!

Voltei com a terceira parte de "Dicas sobre como desenhar uma tira de humor, escritas por um cara muito sem graça".

Semana passada falamos sobre porque as mulheres são redondas e os homens quadrados. Hoje vamos falar sobre proque os personagens tem que ser engraçados.

Você já conheceu uma pessoa que tudo que ela fala fica engraçado, por mais sério que for o assunto ou por mais besta que for a piada?

Essas pessoas existem e a gente costuma rir delas não só pelo que sai de suas bocas mas principalmente pelos trejeitos malucos de seus corpos. O mesmo pode acontecer com uma tirinha.

A dica é: desenhe figuras engraçadas! Narizes gigantes, olhos esbugalhados, cabeças gigantes etc. Isso é metade do caminho para sua tira ficar legal, a outra metade vai depender da piada.




Na primeira cena dessa tira, por exemplo: não há motivo nenhum para eles estarem com essa expressão assustada, eles são Adão e Eva, deveriam estar acostumados (rsrsrs). O objetivo é deixar engraçado e simpático. O mesmo acontece com a proporção: cabeças enormes, corpo pequeno.

O grau de exagero vai depender do estilo do cartunista. Em alguns casos a piada ganha mais importância do que o desenho (como aqui).

É como a diferença que existe entre um humor pastelão, Três Patetas, e um humor cabeçudo, Monty Pythom:




Mas, na minha humilde opinião, o ideal é buscar o equilíbrio (dentro do seu estilo): boa piada e personagens engraçados. Afinal é disso que trata qualquer tipo de arte: equilíbrio entre forma e conteúdo.

("Vish! Essa última frase foi profunda demais, rsrsrs. Preciso achar alguém pra falar besteiras.")

Uma tira que faz isso perfeitamente é: Nickel Náusea

Nos encontramos semana que vem, quando falarei sobre "Porque tirinha é coisa de preguiçoso?" (calma, guardem as pedras, esperem eu molhar o bico, rsrs).

Mandem seus comentários.

E não esqueçam da palavra cabalística: Parangaricutirimirruaru.


raonix

(finalmente lembrei de assinar o post, rsrs)